Três atos marcam manifestações do Dia do Trabalhador em São Paulo

Três atos marcam manifestações do Dia do Trabalhador em São Paulo

Neste 1º de Maio, três atos marcaram as manifestações do Dia do Trabalhador na cidade de São Paulo. O maior evento, organizado pelos movimentos sindicais, aconteceu na praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista. Trabalhadores também realizaram, nesta quinta-feira, um ato contra a escala 6×1 na Avenida Paulista.

Os motofretistas de São Paulo fizeram ainda, pela manhã, uma manifestação pelas ruas da cidade pela valorização dos profissionais da categoria, assim como protestaram contra a chamada “pejotização” dos processos de contratação pelas empresas, principalmente as plataformas de transporte por aplicativos.

No ato deste 1º de Maio no Campo de Bagatelle, entre shows e presenças políticas, centrais sindicais e representantes do governo federal convergiram em defesa da pauta do fim da escala 6×1, com redução da jornada de trabalho sem diminuição de remuneração.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, representou o presidente Lula no ato na zona de norte de São Paulo e destacou alguns avanços do governo federal nos últimos dois anos em favor da classe trabalhadora:

“Vocês colocaram na pauta que o presidente precisava recuperar o salário mínimo acima da inflação, e o presidente Lula fez. Vocês colocaram que era importante aquecer a economia para gerar emprego e gerar renda, e o presidente Lula assim fez, e o Brasil está caminhando para pleno emprego, com geração de renda para nossa gente”.

Isenção de Imposto de Renda e queda de juros também foram pautas no ato do 1º de Maio. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a importância da luta por igualdade salarial entre homens e mulheres:

“Nós estamos na rua lutando porque igualdade salarial entre homens e mulheres é um direito e é uma conquista das mulheres e da classe trabalhadora. E ela já mostrou que dá resultado. Agora, nós já vimos que aumentou o número de mulheres negras trabalhando, de mulheres indígenas”.

Centenas de manifestantes também marcharam pela Avenida Paulista. A passeata, organizada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), reuniu torcidas antifascistas, sindicatos, movimentos sociais – como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – pelo fim da escala de trabalho 6×1.

A deputada federal Erika Hilton, autora da proposta que propõe o fim da escala, esteve no ato da Paulista e reforçou a importância de uma jornada que proporcione dignidade ao trabalhador brasileiro:

“Estamos aqui na Avenida Paulista, levando para a cidade de São Paulo, mas também em todo o Brasil, onde foram convocados atos, a mensagem de que o Brasil é obsoleto na sua jornada de trabalho e que outros países do mundo já avançaram com redução das jornadas, olhando, obviamente, para todos os setores, convocando o conjunto da sociedade para construir esse debate com a gente, mas nós precisamos garantir que o trabalhador brasileiro, aquele da escala 6×1, possa ter tempo de viver para além do trabalho”.

O terceiro ato, dos motofretistas, foi organizado pelo Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal de São Paulo (Sindimotosp). A manifestação, que contou com cerca de 500 motofretistas, saiu da Avenida das Nações, na zona sul da capital, e foi até a Praça da República, onde os manifestantes se encontraram com trabalhadores de outras categorias.


Fonte: AGÊNCIA EBC

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