Cotistas têm melhor taxa de conclusão no ensino superior, diz Inep

Cotistas têm melhor taxa de conclusão no ensino superior, diz Inep

Estudantes cotistas que entraram na educação superior federal há dez anos tiveram uma taxa de conclusão 10% maior do que os não cotistas entre 2014 e 2023.

A informação está no Censo da Educação Superior divulgado nesta quinta-feira (03) pelo Inep, o instituto ligado ao MEC, responsável pelo levantamento.

O documento mostrou também que, no último ano, 51% dos cotistas da rede federal concluíram o curso, contra 41% dos não cotistas.

O Prouni e o Fies, os programas de bolsa e de financiamento estudantil do Governo Federal para o Ensino Superior, impactaram positivamente a conclusão dos cursos.

Segundo o estudo, beneficiários do Prouni tiveram uma taxa de conclusão de 58%, enquanto os não beneficiários tiveram 36% em 2023.

Já entre os alunos com Fies, a taxa foi 49%, contra 34% dos que não utilizam o auxílio.

Segundo o MEC, o Brasil mudou o perfil do estudante da educação superior nos últimos 10 anos por meio da Lei de Cotas, principalmente nas instituições federais.

E agora precisa enfrentar outro desafio, como explicou ministro da Educação Substituto, Leonardo Barchini.

 

Acesso ao ensino

Pela primeira vez, a pesquisa mostrou o acesso à Educação Superior logo após a conclusão da educação básica.

As redes privada, federal e de ensino médio profissional foram mais eficientes em levar o estudante do ensino médio direto para o ensino superior, logo após a formatura.

As escolas particulares registraram 59%, as federais 58% e as técnicas 44% de eficiência. Já as escolas estaduais de ensino médio ficaram com 21%.

De acordo com o Censo, a oferta de vagas na graduação no Ensino a Distância cresceu quase 168% (167,5%) entre 2018 e 2023, a presencial reduziu 13,5%.

O ministro Leonardo Barchini, avalia que a Educação Superior no país continua crescendo.

A mesma tendência de crescimento foi registrada em relação às matrículas. Na EaD, elas mais do que dobraram (138,9%); na presencial, caíram 20,8%.

O resultado foi que os números de matriculados em uma modalidade e na outra quase que se igualaram, somando um total de quase dez milhões (9.976.782) de estudantes na graduação em 2023.

 


Fonte: AGÊNCIA EBC

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