Famílias de doadores de órgãos terão assistência jurídica no Maranhão

Famílias de doadores de órgãos terão assistência jurídica no Maranhão

Familiares de potenciais doadores de órgãos que necessitam de autorização judicial agora terão assistência jurídica gratuita no estado do Maranhão.

A Defensoria Pública do estado e a Central de Transplantes do Maranhão firmaram acordo de cooperação técnica esta semana para oferecer o serviço para a população e garantir que todo o procedimento de retirada do órgão ou tecido, transporte e transplante no receptor ocorra em tempo hábil. 

Segundo o defensor público-geral do estado, Gabriel Furtado, são inúmeras as situações em que o auxílio jurídico da instituição é fundamental para que o trâmite do transplante ocorra.

“Em alguns casos, é necessária uma autorização judicial para doação, como quando o doador é criança ou não tem parentes conhecidos, a gente precisa proceder a identificação dele. A Defensoria vai atuar nesses casos com prioridade absoluta para que a central de transplantes não perca tempo com burocracias e se concentre no que é mais importante, que é salvar vidas.”

A assistência jurídica não é restrita à autorização judicial para doação em si, mas envolve também outros aspectos legais necessários para que a doação aconteça, como destaca o médico Hiago Sousa Bastos, coordenador da Central Estadual de Transplantes maranhense.

“O objetivo dessa parceria é agilizar e viabilizar as demandas jurídicas quando há necessidade, por exemplo, para formalização, de união estável quando ainda não há definição jurídica ou quando o doador não tem um aparentado de primeiro ou segundo grau disponível. Graças a essa cooperação, casos que antes eram perdidos por falta de autorização judicial, agora terão avaliação e viabilização imediata para que a gente possa ajudar quem mais precise e aguarda na fila de transplantes.”

De acordo com a Central de Transplantes do Maranhão, em 2024, o estado subiu 13 posições no ranking nacional de doadores efetivos com uma taxa de 8.2 doadores a cada 1 milhão de pessoas. Foram 56 doações efetivas de múltiplos órgãos, o maior número desde a implantação da central em 1999, o que representa um aumento de 366% na comparação com 2022, quando o Maranhão apresentava o segundo pior índice de doadores efetivos no ranking brasileiro, que era de 1,7 doadores a cada 1 milhão de habitantes.
 

Fonte: AGÊNCIA EBC

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